Na
contramão da poesia, a física explica que somos todos matéria, poeira de
estrelas... Viemos do bem comum da criação, da mesma massa: a pedra, o fogo, o
coração. A aliança de noivado é feita da mesma liga, do cordão da amante. Do
carbono. Do refino do tempo. Do Macaco. Tudo está interligado em algum ponto,
dessa existência que transmuta de divina a macabra.
Amar
anda Machadiano demais, estampando conversas de mesa de bar e folhas de jornal,
quando em grau mais Alphonsus
Guimaraens. Quando se julga Vinícius,
soa meramente falso. Eterno enquanto dure. Regado a segredos, na balança
desequilibrada da entrega, em que um por mais obscuro que sempre tenha sido
torna-se semideus e outrem, se demoniza na imbecilidade de sonhar além demais. Aí
se fraciona o impulso, dizendo que é de tijolo em tijolo que se edifica a casa,
em que almas gêmeas vivem e produzem o tão sonhado amor.
Não
existe a pessoa certa. A pessoa certa tem que ser você. A pessoa entende que converge em função de
passos sólidos, pois quando se caminha o som ecoando em piso de madeira ou piso
frio, deve ser o som de quatro pés (duas pessoas, não quatro patas). A pessoa
certa fala na hora, não segura. A pessoa certa entende a expressão cunhada na
década de 70 pelos hippies: Estarei contigo, no mel, e na merda. Crescimento independe de experiência, pois a
matéria de ambos é a mesma. Mudam os valores.
Responsabilidade ou cifrões?
Nothing else matters...
Amanha
compro jornal de 25 centavos pra ler tantas tragédias...
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