quarta-feira, 1 de maio de 2013

Sobre a pessoa certa ( preste atenção meu véio!!!! )





                Na contramão da poesia, a física explica que somos todos matéria, poeira de estrelas... Viemos do bem comum da criação, da mesma massa: a pedra, o fogo, o coração. A aliança de noivado é feita da mesma liga, do cordão da amante. Do carbono. Do refino do tempo. Do Macaco. Tudo está interligado em algum ponto, dessa existência que transmuta de divina a macabra. 
                Amar anda Machadiano demais, estampando conversas de mesa de bar e folhas de jornal, quando em grau mais Alphonsus  Guimaraens.  Quando se julga Vinícius, soa meramente falso. Eterno enquanto dure. Regado a segredos, na balança desequilibrada da entrega, em que um por mais obscuro que sempre tenha sido torna-se semideus e outrem, se demoniza na imbecilidade de sonhar além demais. Aí se fraciona o impulso, dizendo que é de tijolo em tijolo que se edifica a casa, em que almas gêmeas vivem e produzem o tão sonhado amor. 
                Não existe a pessoa certa. A pessoa certa tem que ser você.  A pessoa entende que converge em função de passos sólidos, pois quando se caminha o som ecoando em piso de madeira ou piso frio, deve ser o som de quatro pés (duas pessoas, não quatro patas). A pessoa certa fala na hora, não segura. A pessoa certa entende a expressão cunhada na década de 70 pelos hippies: Estarei contigo, no mel, e na merda.  Crescimento independe de experiência, pois a matéria de ambos é a mesma. Mudam os valores.  Responsabilidade ou cifrões?  Nothing else matters... 
                Amanha compro jornal de 25 centavos pra ler tantas tragédias... 


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