Bem,
me lembro, daquela varanda do lado de fora da casa dela. A gente, namorando de pouquinho, eu como
cavalheiro, me apresentei ao sogro.
Homem trabalhador, transpirava honestidade e simpatia. Um sorriso sincero, e um
aperto de mão como o do meu próprio pai. Ele entrava pra ver os jornais na TV,
e dizia muito cordial: - Podem ficar a vontade! Se quiser tem café Thiago.
Que sensação boa! Sentado, ouvindo o
barulho do rio, no meu ombro aquela cabeça deitada, os cabelos cor do sol, e
uma paz há muito não sentida dentro da minha alma.
Essas
coisas acontecem na vida da gente, os anos vão correndo, passando, as
circunstancias mudam, mudam também os contextos. Mas essas lembranças moram de
um jeito tão maduro, e afetivo no interior da gente, que repentinamente em uma
mesa de bar, conversando sobre os lugares de Ponte Nova, a gente recupera...
Por mais que possa ter engavetado, elas surgem.
E se? E se eu tivesse feito tudo
diferente? Se tivesse tido uma postura mais madura? Ah.. não era pra ser. Mas a
capacidade de recordar, tão constante nesses dias em que o sono me falta, me
permitem conceber palavras, poemas.
E por lembrar desse barulho do rio, desse
banco de varanda, andei aproximadamente 400 metros do meu bar preferido até em
casa pensando nessas linhas....
Da flor, furtada na primeira vez
Até a dor do ultimo dia...
Meu Deus, tu sabes, como queria
Voltar no tempo, ser diferente
Ter feito tudo perfeitamente
E desfrutar tua companhia
Infelizmente
não foi assim
Agora vibro com teu sucesso
E de longe assim, eu te confesso
Me sinto bem, por saber
Tua euforia me contenta
Tua felicidade me acalenta
É bom demais, te ver, viver...
Mas
sempre que ouço o barulho do rio, num banco de varanda... eu sinto uma inegável
nostalgia!!!
Boa
noite!
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