Amor de Tarja Preta...
Não virá jamais, uma advertência, em letras brancas, destacadas na tela azul de comercial, a seguinte mensagem: Amor causa dependência. Nunca.
Não demanda receita. Experimenta-se como droga mesmo, daquelas em que a curiosidade de saber, nos induz ao derradeiro ato da entrega. Uma dose quando já se flerta com o perigo, se cogita a possibilidade do paraíso ao tocar aquela boca, sentir aquele perfume... E o vício se faz imediato.
Então, meu caro, você se apaixona. E vai aos céus, com uma palavra, um carinho, um abraço. Alcança o Nirvana através do beijo... do corpo dela... Do sorriso estampado no mais belo rosto apontando seu sucesso em saciá-la de amor. Você repete mentalmente cada sussurro e cada suspiro dela...
Você acordará com sede. Incompleto. A garganta seca como um deserto, e teus olhos já não serão mais os mesmos. Arcos escuros vão delinear seus globos oculares. O café vai precisar de mais açúcar. A cerveja de mais tempo na geladeira. A comida, de mais tempero, afinal, o sabor predominante em sua língua, é o do ultimo beijo.
O amor será tua cocaína, teu ópio. E vai te matar aos poucos, não pela pureza, e sim pelos resíduos contidos na composição da alma.
Vai sangrar teu coração e teu nariz, lançando sua conduta numa espiral de ações totalmente idiotas. Isolamento, depressão e bundamolismo. Você vai mutilar árvores rabiscando idiotamente a primeira letra do seu nome e do dela. Vai cravar em uma infeliz planta, o que não conseguiu cravar no coração da sua amada.
As doses ficarão cada vez mais raras. O mundo todo vai ver a tua ruína... Será assunto de rodas de conversas em que você não estará, mas pouco importa você ainda sim sentirá euforia a cada uso. O preço vai consumir as suas finanças, até o determinado momento em que você fará qualquer coisa pra possuir seu paraíso. Do teto ao chão...
Quando for tarde demais, e perceber o verdadeiro inferno, vai sim cogitar a possibilidade de tratamento e desintoxicação... Vai valorizar cada dose de cachaça e cada conversa fraterna... Mas a abstinência causará dores como agulhas debaixo das unhas.
Estando puro, ou adulterado, o amor mata, só que em velocidades diferentes... E ainda sim, em seu leito de morte, você sentirá cada célula do seu corpo vibrar como na primeira dose...
Thi
Não virá jamais, uma advertência, em letras brancas, destacadas na tela azul de comercial, a seguinte mensagem: Amor causa dependência. Nunca.
Não demanda receita. Experimenta-se como droga mesmo, daquelas em que a curiosidade de saber, nos induz ao derradeiro ato da entrega. Uma dose quando já se flerta com o perigo, se cogita a possibilidade do paraíso ao tocar aquela boca, sentir aquele perfume... E o vício se faz imediato.
Então, meu caro, você se apaixona. E vai aos céus, com uma palavra, um carinho, um abraço. Alcança o Nirvana através do beijo... do corpo dela... Do sorriso estampado no mais belo rosto apontando seu sucesso em saciá-la de amor. Você repete mentalmente cada sussurro e cada suspiro dela...
Você acordará com sede. Incompleto. A garganta seca como um deserto, e teus olhos já não serão mais os mesmos. Arcos escuros vão delinear seus globos oculares. O café vai precisar de mais açúcar. A cerveja de mais tempo na geladeira. A comida, de mais tempero, afinal, o sabor predominante em sua língua, é o do ultimo beijo.
O amor será tua cocaína, teu ópio. E vai te matar aos poucos, não pela pureza, e sim pelos resíduos contidos na composição da alma.
Vai sangrar teu coração e teu nariz, lançando sua conduta numa espiral de ações totalmente idiotas. Isolamento, depressão e bundamolismo. Você vai mutilar árvores rabiscando idiotamente a primeira letra do seu nome e do dela. Vai cravar em uma infeliz planta, o que não conseguiu cravar no coração da sua amada.
As doses ficarão cada vez mais raras. O mundo todo vai ver a tua ruína... Será assunto de rodas de conversas em que você não estará, mas pouco importa você ainda sim sentirá euforia a cada uso. O preço vai consumir as suas finanças, até o determinado momento em que você fará qualquer coisa pra possuir seu paraíso. Do teto ao chão...
Quando for tarde demais, e perceber o verdadeiro inferno, vai sim cogitar a possibilidade de tratamento e desintoxicação... Vai valorizar cada dose de cachaça e cada conversa fraterna... Mas a abstinência causará dores como agulhas debaixo das unhas.
Estando puro, ou adulterado, o amor mata, só que em velocidades diferentes... E ainda sim, em seu leito de morte, você sentirá cada célula do seu corpo vibrar como na primeira dose...
Thi
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