domingo, 3 de novembro de 2013

Como escrever uma carta de amor


                Repetidamente na memória, o trajeto de meu dedo indicador passeando em configuração de carinho, da tua bochecha ao queixo pequeno marca cada vez mais a linha que define a necessidade de sentir o co2 emitido pela sua respiração com mais constância.
                Se outrora, contentava-me em te encontrar esporadicamente, atualmente não é bem assim.  Vamos aos fatos: Você é linda, e poetas muito melhores que eu, com certeza te presentearam com lindas analogias (desconfio que músicas de grande fama sejam dedicadas a você, mas não vejo como arguir os autores porque dois são da Inglaterra e os outros dois já morreram).
                Você me conhece. Sabe do meu gosto pessoal. Dos paladares que distanciam minha euforia desse mundo tão controvertido. Sabe de algumas manias e preferências e tenho certeza de que entende minha predileção por palavras mais sinceras, cotidianas. Então, se permitir, deixa explicar do meu jeito.
                Em um café amargo demais, você é a colher de açúcar adicional. Tem sabor de bolinho de chuva que deu certo. Nota azul no boletim do terceiro bimestre no final de novembro.
                É roupa que cabe bem e combina.  É sentir a brisa da rodovia dentro de um carro velho em um dia de calor. Você é o abraço da chegada.
                É como achar dinheiro sem dono no chão. Como a posição certa no travesseiro garantindo uma boa noite de sono. É aquela cerveja gelada que a gente nem sabia que tinha no fundo da geladeira.  Você é um dia de folga, feriado prolongado. É consciência tranquila.
                É um copo gelado de água depois que comemos um brigadeiro gigante e a sede aperta.   É a rima certa, no momento certo.
                É um show de rock , uma roda de amigos e o orgulho dos pais.
                Você é tudo o que mais gosto, somado, quem sabe até mais...
                E te trazendo pro universo de tudo que gosto , quero que entenda.
                Se ainda não fizeram da maneira correta, para, fica por aqui, que dessa vez vai ser totalmente diferente.

                Abraços... 


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